sexta-feira, 29 de julho de 2011

SOU DO TEMPO!


Sou do tempo do sabonete lifiboy, e do regulador gesteiro, Sou do tempo das rodas de amigos, e que não havia perigo, andar com dinheiro.


Sou do tempo do “Melhoral,” e da torradeira de torrar café. Sou do tempo do purgante de lerroi, e do medicamento saúde da Mulher.


Sou do tempo que se namoravam, pois o namorar de hoje merecem outro nome. Sou do tempo que a maior intimidade, entre moça e rapas era um aperto de mão.


Sou do tempo que o maço de cigarro, era charme para as moças e os rapazes. Sou do tempo das marcas preferidas, era Holanda azul e liberti ovais.


Sou do tempo do butim, e das botas rangedeiras. Sou do tempo da jovem guarda, das camisas bossa novas, mangas largas de quatro algibeiras.


Sou do tempo que o chapéu para os homens era complemento de luxo. E as marcas preferidas, era ramenzone três x ramenzone lapim, e gaúcho


Sou do tempo do sapato roló, e das sandálias franciscanas. Sou do tempo de montar a cavalo em pelo, e entrar num canavial, era entrar em cana.


Sou do tempo que no futebol as torcidas não brigavam, Sou do tempo que os jogadores, era de calção curto,ganhava pouco e não reclamava.


Sou do tempo da brilhantina, e dos cabelos ondulados, sou do tempo da vaselina, e os homens de fala fina ninguém suspeitava.


Sou do tempo do embornal, e das capangas de couro. Sou do tempo do gibão, que era as vestes dos pinhões e das varas de ferrões, que era para esperar touro.


Sou do tempo que não havia competição de renda, os tecidos que vestia, se chamava fazenda. Era linho, tropical, casimira, panamá e tussor. Pobre não se vestia, pois era vestes dos senhores...


Sou do tempo, que os namorados não ficava sozinhos. Tinha um vigilante na cola, sempre era um irmão, ou uma senhora, até mesmo vizinho. Sou do tempo que agente pedia a namorada era apenas a mão em casamento e apenas em família, onde os pais estava presente.

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